segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Ela tem jeito de menina moça, ele tem jeito de cafajeste, ela toca certinha; ele todo errado; ela toda patricinha, ele todo largado. Quem diria que um dia iriam se encontrar? Se apaixonar? Pois é! Quem via pensava: “ela só vai ser mais uma”, mas não, ele tinha se apegado, ele estava gostando mesmo dela, já ela... Ah!... Ela quando o viu foi amor à primeira vista, ela se apaixonou logo de cara, e ai começaram os encontros, festas juntos. Até que ela se sente mal e vai ao melhor hospital que existe, mas os médicos não descobrem a doença dela. Ele com sem jeito desengonçado vai visitá-la; ele se lembra de tudo que passou com ela; ela chora bastante ao ver o seu garoto entrando pela porta da enfermaria, ele se assusta com o jeito que ela estava. Até que chega o médico e diz que não teria certeza, mas era provável que ela só tivesse uma semana de vida. O sonho dela era conhecer Paris ao lado do seu garoto, porém ela não conheceu fisicamente. Mas eles viajaram mentalmente a cidade mais romântica do mundo e em sete dias eles conheceram Paris como ninguém, mas infelizmente a garota se foi e a única coisa que restou dela, foram lembranças.

- Ana Flávia B. Frezza

E agora?... Acabou?

sábado, 25 de outubro de 2014
Antes de perguntar o que eu estou sentindo, eu vou logo te falando. Mas sei que você não se importa com o que sinto; você só quer bancar o interessado pra aliviar a minha raiva por você, porém não vai adiantar. Eu me sinto um lixo. Qual é a tua moleque? Tua mãe não te ensinou a ser homem? Ela não te ensinou como se trata uma garota? Sabia que eu tenho sentimentos? Eu sei que eu não sou um amor, não sou a flor mais delicada, mas você dizia que amava esse meu jeito, você me prometia coisas maravilhosas, e agora?... Acabou? Qual é a tua moleque? Me fazer sofrer? Qual prazer você tem em me ver sofrer? Você me falava que eu era o seu sonho, e agora? ... Virou pesadelo? Qual é a tua moleque? Você me dizia que eu era a menina mais perfeita do mundo; e agora eu te pergunto, se eu sou a menina mais perfeita do mundo, por que você não me quer mais? O que eu fiz pra você me deixar aqui, sozinha? Abri mão de muita coisa por você... E agora?... Acabou? Você lembra que me chamava de princesa? Então... Acabou? A princesa virou sapo? Me fala moleque, me fala qual é a tua? Explique-me o motivo do seu abandono. Explique-me. Eu preciso de uma explicação. Preciso saber por que você me iludiu. Sabe qual foi o meu maior erro? Meu maior erro foi te amar, tenta ver amor onde na verdade não teve, mas e agora... Acabou?
 - Gabrielle C. Lima.

 ( Dedicado a Ana Flávia Frezza)

sábado, 4 de outubro de 2014
Lembranças.

     Se lembra como a gente se conheceu debaixo dessa árvore? Lembra que nós tínhamos dez anos de idade e estávamos brincando de dominó e você me deixava ganhar porque gostava de me ver sorrindo? Lembra com treze anos, você inventou de subir nessa árvore e quando foi descer você escorregou e quebrou a perna? Nossa, sua mãe ficou furiosa porque você era teimoso e tinha medo de altura, mas subiu porque queria me impressionar. Lembra que aos quinze anos, demos o nosso primeiro beijo, no qual eu roubei de você, sob essa mesma árvore era tardezinha e estávamos olhando o sol se por? Lembra que aos dezesseis anos, você me chamou pra vim aqui, que você tinha uma surpresa e quando eu cheguei era um piquenique e foi nesse dia que você me pediu em namoro? Você sempre foi o mais romântico.  Lembra que aos vinte anos, você me pediu em casamento e nossa cerimônia foi aqui, sob essa árvore? Lembra como foi tudo tão perfeito e mágico, ainda bem que duraram sessenta anos meu amor e infelizmente a morte nos separou. – Diz Maria com os olhos cheios de lágrimas sentada em uma cadeira de rodas de frente ao túmulo de seu falecido marido João, que estava sob aquela árvore, onde tudo começou e por visto onde tudo acabou.

- Gabrielle C. Lima